A sua empresa possui um avatar? Mesmo que sua resposta ainda seja não, provavelmente você já interagiu com algum. Hoje o que se vê é o surgimento de um potencial mercado no Brasil: o das influenciadoras criadas digitalmente. Há anos a Magazine Luiza tem a Lu do Magalu, e o segmento só cresce com bons resultados, como a Bia do Bradesco. Em síntese, um avatar personalizado para o chatbot pode ser definido como um personagem que representa a sua empresa no setor de atendimento, que fala exatamente a língua do cliente.
Ele pode ser desde um desenho simples até uma animação 3D. Além disso, geralmente se comunica de acordo com o tom e voz da marca que representa.
No Brasil, dentre os maiores exemplos de personagens famosos de marcas estão o Pinguim da Ponto Frio, o Peru da Sadia, sendo a mais conhecida a Lu da Magazine Luiza, que já se tornou até personagem de videoclipe do DJ Alok.
A personagem do Magazine Luiza iniciou a "carreira" como um bot de atendimento aos clientes do e-commerce em 2003 e atualmente, com seus 5,7 milhões de seguidores no Instagram, é selecionada para aparecer em perfis de outras marcas.
Ano passado, protagonizou o clipe de My Head (Can’t Get You Out) do DJ Alok, uma campanha publicitária com a cantora Anitta no lançamento da Magazine Luiza no Rio de Janeiro, e entrou na Super Dança dos Famosos, competição musical da Globo.
Persona e avatar significam a mesma coisa, apesar dos nomes serem diferentes. Isso porque ambos são provenientes do mesmo termo em inglês, “Customer Avatar/Buyer Persona”, que se refere ao perfil completo do cliente ideal, tomando por parâmetro seus hábitos, problemas e desejos.
No exterior, modelos digitais como Shudu, Miquela, J-Yung, Daisy, Candy e outras rendem milhões de dólares nos mercados da moda e publicidade, segundo reportagem da Folha de São Paulo.
Uma das mais bem sucedidas do gênero é Miquela Sousa, personagem criada em 2016 como uma "brasileira-americana de 19 anos" que já tem 3 milhões de seguidores no Instagram, além de ter posado com personalidades como a atriz Millie Bobby Brown (de "Stranger Things") e a cantora Pabllo Vittar. Segundo a Vogue, empresas pagam no mínimo US$ 8,5 mil (R$ 48,4 mil) para que Miquela cite suas marcas em seu perfil no Instagram.
O movimento está alinhado com a recente tendência do metaverso, um mundo 3D virtual compartilhado, imersivo via realidade aumentada ou virtual e colaborativo — e uma das vedetes da Meta, nova empresa controladora do Facebook.
Shudu é uma criação do designer Cameron-James Wilson, dono da agência dos EUA The Digitals, focada em modelos virtuais. Desde 2018, ela está apta a embelezar catálogos de moda e já acumula 219 mil seguidores no Instagram.
Hoje, a empresa Biobotics, já conta com 25 funcionários, e se auto intitula a primeira agência de modelos digitais no Brasil. Tem atuado com a modelagem 3D do avatar, até a animação e gerenciamento do personagem nas redes sociais.
Os gamers são os mais versados no quesito avatar. Afinal, eles se originaram desse meio e já é utilizado por crianças e adolescentes faz muito tempo, em suas comunicações durante os jogos, de maneira mais lúdica. E não por acaso, o avatar na internet caiu nas graças do público, em geral. Ou seja, pessoas de todas as idades já constroem o seu.
Ao adotar um avatar a empresa passa a usar uma linguagem estratégica de marketing digital para lançar seus conteúdos nas redes sociais.
O avatar é a personificação do seu público-alvo, e investir nessa estratégia em suas campanhas de marketing fará com que seus resultados cresçam.
No marketing digital, avatar é a personificação do cliente ideal. É um perfil semi fictício, que ajuda a entender quem é o cliente e a traçar estratégias voltadas a ele.
Diferente do público-alvo, o avatar é muito mais detalhado. Além de definir dados demográficos, como sexo e idade, também busca identificar hábitos, problemas, objetivos e preferências dos consumidores.
Por isso, vem sendo adotado por marcas nacionais e internacionais para estabelecer um vínculo emocional com os clientes.
Ter uma figura que personifica a marca acaba influenciando na psicologia do consumidor, uma vez que ele acaba se comunicando com “alguém” e não apenas com o símbolo da empresa.
Com o tempo, o público-alvo da marca pode acabar criando um vínculo emocional com o avatar, desde que ele seja bem construído e possua um storytelling interessante.
Um avatar no chatbot pode deixar a comunicação com o público-alvo mais descontraída e mais próxima do real, dando exemplos de sua própria vida fictícia, para explicar o produto ou serviço da marca. Assim, aproximando-se mais do consumidor final.
Um avatar torna a comunicação mais humanizada, pois o cliente sente que está interagindo com um rosto e não com um slogan e isso vai estreitando os laços com a marca.
E, com a ajuda de um avatar personalizado, a experiência se torna mais completa e pode ajudar a reter e conquistar mais clientes para sua empresa.
A estratégia por trás de cada avatar varia para cada empresa. A Disney, por exemplo, chega a utilizar fórmulas matemáticas (alinhadas a estudos de psicologia) para definir a geometria visual dos personagens de seus filmes.
Depois de definir no brainstorm o visual do avatar, você precisa estabelecer a forma de comunicação.
O caminho mais fácil é replicar o tom e a voz de sua marca nas mensagens do personagem, mas nada impede você de criar uma linguagem única para o avatar, caso deseje. E claro, não esqueça de dar um nome criativo para o personagem. Alinhar a linguagem para chegar no público-alvo é muito importante, se for falar com adolescentes, vale usar gírias comuns a eles.
Se você não sabe, o conteúdo copy é aquele que é focado na venda de serviços ou produtos. Ele pode fazer diferença aos visitantes para gerar leads e converter clientes. Só que esses textos, para serem qualitativos, precisam ter a definição de um avatar, que é para quem o produtor vai escrever.
Apenas três meses depois de estrear na rede social TikTok, a Lu, avatar do Magazine Luiza que já é considerada uma influenciadora virtual, conquistou 1 milhão de seguidores orgânicos na plataforma. Com isso, a Magazine Luiza deu a largada neste volume de alcance nesta rede social. Em apenas um dos vídeos em que a influenciadora 3D aparece em um desafio contabilizou mais de 16 milhões de visualizações.
Segundo a empresa, a conexão com o público jovem é uma das conquistas da marca com seu perfil no Tik Tok. Há vídeos da Lu com mais de 30 mil duetos feitos por usuários da plataforma. Ao todo, a influenciadora virtual conta hoje com mais de 21 milhões de fãs em todas as redes sociais, entre Instagram, Facebook, Twitter e Youtube.
É por meio do TikTok que os fãs da influenciadora virtual tiveram oportunidade de vê-la pela primeira vez de corpo inteiro em 3D, fazendo movimentos e challenges.
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