A computação em nuvem se divide em: nuvem, cloud computing, cloud, nuvem privada, nuvem pública
De acordo com um novo estudo do Gartner, quatro novas tendências em computação em Nuvem continuam a expandir a amplitude de ofertas e recursos, acelerando o crescimento em todos os segmentos do mercado de serviços de nuvem pública.
As quatro tendências são: Onipresença, Ecossistemas Regionais, Sustentabilidade/Nuvem Carbon-Intelligent e infraestrutura programável e automatizada dos provedores de CIPS (Cloud Infrastructure and Platform Service).
“O impacto econômico, organizacional e social da pandemia continuará a servir como um catalisador para a inovação digital e a adoção de serviços em Nuvem”, disse Henrique Cecci, diretor sênior de Pesquisa do Gartner.
Ambientes híbridos, multicloud e de borda estão crescendo e preparando o terreno para novos modelos de cloud distribuída. Além disso, novos avanços nas comunicações sem fio, como 5G, R16 e R17, levarão a adoção da Nuvem a um novo nível de uso mais amplo, profundo e onipresente.
A crescente fragmentação regulatória geopolítica, o protecionismo e a conformidade do setor estão impulsionando a criação de novos ecossistemas regionais de Nuvem, verticais e serviços de dados. As empresas dos setores financeiro e público estão procurando reduzir bloqueios críticos e pontos únicos de falha com seus provedores de Nuvem fora de seu país.
Os provedores de Nuvem estão respondendo a esse foco crescente na sustentabilidade instituindo metas corporativas neutras em carbono mais agressivas, o que cria novos desafios para os líderes de infraestrutura e operações (I&O).
Como resultado, a adoção global da cloud continuará a se expandir rapidamente. O Gartner estima que os gastos globais de usuários finais com serviços de Nuvem Pública chegarão a US$ 396 bilhões em 2021, e crescerá mais 21,7% para chegar a US$ 482 bilhões em 2022. Até 2026, o Gartner prevê que os gastos com Nuvem Pública excederão em cerca de 45% todos os gastos corporativos de TI, contra menos de 17% em 2021.
Atualmente, os ambientes Cloud sustentam a maioria das inovações tecnológicas, sendo essenciais para a construção de negócios combináveis mesmo em tempos de incerteza, graças à resiliência, escalabilidade, flexibilidade e velocidade.
Para Claudio Augusto Novais Ferraz, autor de uma tese de mestrado sobre o tema, o Governo Federal adotou uma política de Governo Digital que tem como uma meta ousada a digitalização de boa parte dos serviços públicos. “Por outro lado, cresce exponencialmente os casos de fraudes digitais e vazamento de informações que afetam qualquer tipo de organização inserida no mundo digital. Para oferta desses serviços o governo também passa a utilizar a computação em nuvem, o que aumenta o desafio de proteger dados sensíveis ou sigilosos”, disserta.
Segundo ele, as legislações recentes têm surgido como forma de estabelecer diretrizes e metas para o tratamento dos riscos e efetivação de controles de segurança, como a Lei Geral de Proteção aos Dados (LGPD) e as políticas de gestão de riscos dos órgãos. “Diante deste cenário, o governo precisa mitigar os riscos de concretização dessas ameaças adotando robustos controles de segurança a fim de proteger as informações inseridas em seus sistemas e serviços digitais”, afirma.
“As organizações estão avançando seus cronogramas em iniciativas de negócios digitais e movendo-se rapidamente para a Nuvem, em um esforço para modernizar ambientes, melhorar a confiabilidade dos sistemas, apoiar modelos de trabalho híbridos e abordar outras novas realidades impelidas pela pandemia”, diz Brandon Medford, analista sênior da Gartner.
A crescente fragmentação geopolítica e regulatória, além do protecionismo e a conformidade do setor estão impulsionando a criação de ecossistemas regionais de Cloud e novas verticais e serviços de dados.
As empresas dos setores financeiro e público estão procurando reduzir bloqueios críticos e pontos únicos de falha com seus fornecedores de Nuvem fora de seus países.
Os analistas da Gartner disseram que mais de 85% das organizações vão adotar o princípio da Cloud em 2025 e não serão capazes de executar totalmente suas estratégias digitais sem o uso de arquiteturas e tecnologias nativas da nuvem.
A confiança exige segurança e confiabilidade. No entanto, também pode se estender para a construção de inovações como um núcleo resiliente e base para que a TI agregue valor aos negócios. Essa base deve consistir em inovações e práticas de trabalho projetadas, reproduzíveis, confiáveis, comprovadas e escalonáveis.
O mercado de tecnologia e serviços digitais e em Nuvem é atualmente dominado por provedores americanos e asiáticos. Como resultado, muitas empresas europeias armazenam seus dados nessas regiões, criando inquietação política e também preocupações sobre como manter o controle de dados e cumprir as regulamentações locais.
Os países podem empregar uma Nuvem soberana para alcançar a soberania digital e de dados, que por sua vez fornecerá requisitos legais para aplicar controles de proteção de dados, requisitos de residência, protecionismo e coleta de inteligência.
As tecnologias a serem observadas para criar confiança são Nuvem soberana, NFT, legislação legível por máquina, identidade descentralizada, finanças descentralizadas, criptografia homomórfica, gerenciamento ativo de metadados, Data Fabric, centro de incidentes em tempo real e aplicativos de comunicação de funcionários.
Em 2025, o Gartner estima que mais de 95% das novas cargas de trabalho digitais serão implementadas em plataformas nativas da nuvem, contra 30% em 2021. Conforme muda o modelo operacional, a organização mudará para um modelo operacional orientado para o produto, em que todo o fluxo de valor do negócio e da TI terá de ser alinhado por produtos.
Isso criará novas funções e responsabilidades, como engenheiros de confiabilidade do local, gerentes de produto ou comunidades de práticas.
Outra previsão é que o uso de tecnologias Low-code/No-code quase triplicará até 2025. O desenvolvimento de aplicativos mudará para a montagem e integração de aplicativos. Os aplicativos serão montados e compostos pelas equipes que os utilizam. Os silos tecnológicos e organizacionais de desenvolvimento, automação, integração e governança de aplicativos se tornarão obsoletos.
Na área de segurança, o acesso seguro entregue na Nuvem (SASE) apresenta a oportunidade de crescimento mais rápido no mercado de rede. Como a maior parte do tráfego de filiais e locais de computação de Borda não irá para um Data Center corporativo, os CIOs e líderes de TI usarão cada vez mais o SASE para proteger as necessidades de acesso de usuários e dispositivos em qualquer lugar e a qualquer hora.
Gartner estima que, em 2022, os gastos do usuário final com SASE totalizem US$ 6,8 bilhões, ante US$ 4,8 bilhões em 2021. Além disso, em 2025, mais de 50% das organizações terão estratégias explícitas para adotar SASE, contra menos de 5% em 2020.
O sistema de rede de nuvens é um tipo de infraestrutura em que os recursos de rede estão disponíveis sob demanda por meio de um provedor de serviços terceirizado que os hospeda em uma plataforma de nuvem.
Os recursos de rede podem incluir roteadores virtuais, firewalls e software de gerenciamento de largura de banda e rede, além de outras ferramentas e funções disponíveis conforme necessário. As empresas podem usar recursos do sistema de rede de nuvem para gerenciar uma rede interna ou podem usá-los totalmente na nuvem.
Saiba mais:
O Gartner, consultoria de mercado em tecnologia, anunciou quais serão as 12 tendências estratégicas em tecnologia que devem ser exploradas por líderes do setor em 2022. São elas: Tecido de Dados ou Data Fabric, Cibersegurança, Privacidade em Computação, Rede Global na Nuvem, Computação, Compostos e Aplicativos, Decisão e Inteligência, Hiperautomação, AI Engenharia, Distribuído Empresa Total, Experiência Autonômica, Sistemas e AI Generativo.
Vamos abordar cada uma das 12 estratégias separadamente. Falamos de Tecido de Dados ou Data Fabric, Cibersegurança e Privacidade em Computação. O tema de hoje, como você viu, foi Rede Global na Nuvem. E vem mais por aí.
Links pesquisados:
Gestão de Risco de Nuvem (pdf)