Do Instagram e TikTok ao YouTube e outras plataformas, as marcas colaboram com pessoas populares para alcançar sua rede de seguidores e divulgar seus produtos e serviços. Conforme a popularidade das redes sociais ascendeu rapidamente, o mesmo ocorreu com o investimento e interesse no marketing de influência.
Marketing de influência é a colaboração entre pessoas com negócios que têm muitos seguidores engajados online.
A estimativa para a área de marketing de influência em 2019 era um valor de mercado de US$ 6,5 bilhões, avançando para US$ 13,8 bilhões em 2021. A projeção para 2022 é de um acréscimo de 19%, podendo chegar a US$ 16,6 bilhões, segundo relatório The State of Influencer Marketing 2022: Benchmark Report, publicado pela Influencer Marketing Hub.
Aproveitar o crescimento é importante, mas não só: é preciso técnica, cuidado e estratégia. Até porque, um dado da empresa de consultoria Gartner aponta que até 2026, os CMOs dedicarão 30% de seus orçamentos de influenciadores e celebridades a influenciadores digitais.
Sem rodeios, o marketing de influência é uma forma orgânica de se comunicar com a sua audiência e se baseia em dois pilares: confiança e engajamento.
As marcas trabalham com esses indivíduos, conhecidos como influenciadores devido à sua influência sobre seus seguidores no universo digital, para alcançar suas redes de seguidores e divulgar seus produtos e serviços para novos públicos. Ou públicos mais abrangentes.
A publicidade tradicional está se tornando menos eficaz e muitos canais online estão começando a ficar estagnados devido ao aumento no bloqueio de anúncios e nas mudanças no comportamento do consumidor.
De muitas formas, o marketing de influência é a versão digital da influência dos nossos pares fora da Internet nos nossos hábitos de compra. Faz parte da natureza humana fazermos compras considerando as informações de amigos e familiares que nos fizeram recomendações.
Marketing de influência também é chamado de prova social - ou social proof, termo em inglês usado aqui no Brasil. Como profissional do marketing, você pode usar o marketing de influência para se comunicar com novos públicos e aumentar o alcance de marca, tráfego de site e as vendas
A tática envolve encontrar as pessoas adequadas com influência e incentivá-las a falar de você para os seguidores delas.
Mesmo que você não tenha percebido, provavelmente, já se deparou com colaborações de marketing de influência ao entrar nas redes sociais. Você nunca percebeu uma conta popular que segue no Instagram, por exemplo, colocar uma hashtag "#Ad", "#Anúncio", ''#Publi'' ou "Conteúdo patrocinado", em uma postagem.
É muito importante deixar bem claro na sua comunicação com o influenciador que ela se trata de uma propaganda. Publicidade velada não é ética e pode ser punida pelo Conar. Portanto, sempre garanta que uma dessas hashtags esteja inserida no fim ou ao longo do texto criado pelo seu influenciador.
Há uma sobreposição entre o marketing de influência e de boca a boca, apenas porque ambas as táticas são baseadas em fazer com que outras pessoas falem sobre o seu negócio. A diferença entre eles está no relacionamento existente entre o negócio e a pessoa encarregada da divulgação.
O marketing de influência normalmente envolve um incentivo (financeiro ou de outra espécie) dado ao influenciador por uma marca. O influenciador conta aos seus seguidores sobre produtos ou serviços porque foi compensado para fazer isso, seja com dinheiro ou bens.
Por outro lado, o marketing de boca a boca acontece quando pessoas contam para outras sobre um negócio porque elas querem compartilhar sua experiência.
O marketing de indicação também ocorre muito a partir de clientes ou usuários que tiveram uma boa experiência, não necessariamente uma pessoa com grande audiência nos seus canais sociais.
Andy Warhol, cuja arte explorou o conceito de branding até que ele mesmo se tornou uma marca, definiu isso bem quando falou de um futuro em que todo mundo teria 15 minutos de fama.
A tecnologia chegou a um ponto em que todos podem se mostrar ao mundo e criar uma plataforma de seguidores.
O produtor de hip hop DJ Khaled, por exemplo, é conhecido como o rei do Snapchat, com uma média de 3 milhões de visualizações por snap e aparições frequentes como convidado de contas corporativas no Snapchat, para marcas como a Coca-Cola e a Stride Gum.
Mas apesar da conta dele no Twitter também ter um número impressionante de seguidores – 3,5 milhões – o engajamento por publicação é muito mais baixo.
Quando você já tiver sua lista de potenciais influenciadores, é hora de começar a fazer contato com eles para falar sobre seus produtos e serviços. Descubra em que tipo de parceria eles estão interessados.
Os influenciadores não são todos iguais, e as estratégias de marketing de influenciadores também são muito variadas. Se você tiver orçamento para isso, algumas celebridades ou grandes influenciadores podem aumentar o reconhecimento da sua marca.
Em caso contrário, ter um número menor de micro influenciadores, com públicos menores e mais específicos pode gerar os mesmos resultados para o seu marketing digital.
Muita gente liga a palavra influenciador (ou influencer) apenas às grandes celebridades da internet. No entanto, a verdade é que as empresas têm muitos tipos de parcerias que podem ser feitas. O segredo está em encontrar alguém que faça sentido para a sua marca.
Uma estratégia de marketing de influência pode envolver apenas um influenciador, mas nunca é somente sobre o influenciador. Pense em como utilizar seus outros canais para aumentar o alcance da sua mensagem. Se pretende utilizar mais influenciadores, crie um diálogo entre suas comunicações e garanta que as ações não se tratem de publicações que não se conversam.
O trabalho de um influenciador é gerar conexão, e é dessa confiança entre seguidor e personalidade que ele vive. Sua marca não pode pedir que essa confiança seja traída com textos jurídicos e promoções falsas. Se a sua marca disponibiliza um cupom para o influenciador distribuir, por exemplo, mas com o mesmo desconto que você já dá em suas lojas, qual é o benefício real que você está gerando?
Trabalhar com marketing de influência é diferente do que trabalhar com uma campanha de mídia. As pessoas vão questionar sobre o seu produto, sobre a qualidade dele, vão tirar as dúvidas e vão criticar ao se sentirem enganadas.
Seja transparente, alinhe premissas e não engesse o seu influenciador. Muito pelo contrário: disponha de oportunidades para que ele possa fazer com que sua marca seja mais bem percebida pelos seus seguidores.
Não é incomum ver o marketing de influência ser confundido com o de afiliados, principalmente porque ambos incentivam terceiros a divulgar uma oferta. A principal diferença entre essas duas táticas é que os afiliados normalmente recebem uma comissão quando uma venda é feita, e os influenciadores uma taxa fixa que não é ligada às vendas.
Os afiliados são pagos quando uma venda é feita e os influenciadores são pagos independentemente do resultado de uma campanha. Claro, nada impede que um influenciador também seja afiliado à marca e acordos diferentes sempre podem ser feitos.
Caso vá realizar pessoalmente a contratação do seu influenciador, sem o intermédio de uma agência, lembre-se de que este é um mercado novo. Muitos micros influenciadores e até mesmo grandes influenciadores ainda não possuem empresa aberta, portanto será comum lidar com a contratação de pessoas físicas.
É claro que o custo de realizar uma contratação RPA é maior do que o pagamento de uma nota fiscal emitida pelo seu contratado. No entanto, se o influenciador fizer sentido para o seu negócio, não deixe que isso seja um impeditivo e programe-se antes de realizar as negociações.
Links pesquisados
https://pt.semrush.com/marketing-de-influencia/
https://neilpatel.com/br/blog/marketing-de-influenciadores-o-que-e-como-fazer/
https://blog.melhorenvio.com.br/
https://resultadosdigitais.com.br