Levantamento realizado pela empresa internacional de segurança virtual Kaspersky, aponta que o Brasil foi o quinto país mais atingido por práticas de phishing e spam via aplicativo de mensagens em 2020, o famoso golpe de clonagem do WhatsApp.
O percentual de brasileiros que tentou abrir links fraudulentos representa um total de 12.91% dos internautas. Em primeiro lugar no ranking de tentativas de golpe vem a Venezuela (17.56%), seguido de Portugal (13.51%), Tunísia (13.12%) e França (13.08%).
Criado em 1996, o termo phishing pode ser entendido como ameaça virtual, também chamado de crime cibernético. A ideia é usar iscas para atrair a atenção de pessoas e induzi-las a realizar alguma ação. É assim que os ciber criminosos roubam dados pessoais e financeiros de suas vítimas.
No Brasil, o crime de phishing é enquadrado pela Lei n° 12.737 de 2012. Segundo o Superior Tribunal de Justiça, os delitos informáticos podem ser enquadrados também como furto qualificado, previsto no artigo 155, parágrafo 4º, inciso II, do Código Penal Brasileiro, por emprego de fraude na obtenção de dados da vítima.
Com o aumento no número de transações na internet, os ciber criminosos têm se mostrado cada vez mais inovadores e uma das artimanhas mais utilizadas para a prática do crime é a clonagem do WhatsApp. O aplicativo de troca de mensagens é item quase que obrigatório nos smartphones, o que o transformou em uma fonte para os criminosos.
Para aplicar o golpe, os fraudadores precisam validar contas de outras pessoas no aplicativo. Esse processo é feito por meio de um código de validação enviado via SMS para o celular da vítima. Os fraudadores fazem uso de números de telefones expostos em plataformas de anúncios ou redes sociais.
Para conseguir os códigos de validação, os ciber criminosos se passam por representantes de empresas e entram em contato com as vítimas por meio de ligação, perfis de empresas falsos nas redes sociais ou pelo próprio WhatsApp.
A abordagem do fraudador pode variar de uma verificação de segurança a uma operação que exija código de verificação.
Nos casos em que o número é obtido pelas redes sociais, o ciber criminoso entra em contato com a vítima e oferece um benefício, como descontos, ingressos para festas, viagens ou promoções. Com isso conseguem desviar a atenção para dar início ao golpe.
Primeiramente, inserem o número de telefone da vítima no WhatsApp, instalado em seus próprios smartphones, pedem para que o aplicativo envie o código de verificação para o número. O golpe se estabelece quando a vítima, ao receber a sequência numérica via SMS, informa o número para o fraudador.
A sequência, ao ser inserida no WhatsApp dos fraudadores, verifica o acesso e bane a vítima de sua conta. Depois dessa ação, é criada uma senha de reativação, que impede que a pessoa recupere o controle do WhatsApp. Uma vez que o aplicativo é clonado, as consequências podem ser muitas, como por exemplo a solicitação de transferências em dinheiro para a lista de contatos da vítima. Outra possibilidade é o envio de links maliciosos que levam a sites de phishing.
A melhor forma de evitar fraudes é a prevenção, por isso, nunca compartilhe códigos. Os códigos de verificação do WhatsApp, e de qualquer aplicativo, são de uso pessoal. Caso alguém entre em contato e solicite esse número, desconfie. No processo de atendimento aos clientes, nossos atendentes usam o canal oficial do Tag Chat, o que garante sua segurança.
Para evitar a clonagem do seu WhatsApp, recomendamos o uso da confirmação de dois fatores do aplicativo. Com esse recurso é possível criar uma senha PIN, que será solicitada sempre que sua conta for cadastrada em um novo aparelho. Com essa confirmação é impossível ter seu WhatsApp clonado.
Ativar a confirmação de dois fatores no WhatsApp é muito simples. Abra o aplicativo e acesse o menu “Configurações”. Na aba “Conta”, clique em “Confirmação em duas etapas”, e depois em “Ativar”. Agora basta criar seu código PIN, com seis dígitos.
Caso deseje, defina um endereço de e-mail para recuperar o código. Essa etapa pode ser pulada. Para finalizar o processo, basta confirmar o endereço de e-mail e clicar em “Salvar”. Caso tenha pulado a etapa, clique em “OK”.
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