O Gartner, consultoria de mercado em tecnologia, anunciou quais serão as 12 tendências estratégicas em tecnologia que devem ser exploradas por líderes do setor em 2022. Desta vez, iremos abordar qual a perspectiva para o tema: Inteligência de Decisão. De acordo com a explicação de David Groombridge, vice-presidente de pesquisa do Gartner, para os líderes executivos e os Conselhos de Administração, buscando gerar crescimento por meio de conexões digitais diretas com os clientes, as prioridades dos Chief Information Officers (CIOs) devem refletir os mesmos imperativos de negócios.
Segundo ele, os CIOs devem encontrar soluções que multipliquem a força dos recursos de TI para permitir o crescimento e a inovação, criando também bases técnicas escaláveis e resilientes, cujas capacidades de escalabilidade serão responsáveis por liberar dinheiro para investimentos digitais. O VP resume as tendências em três grandes blocos: confiança na engenharia, mudanças esculpidas e crescimento acelerado.
Inteligência de Decisão (DI - de Decision Intelligence, em inglês) é a capacidade de decisão de uma empresa que pode ser uma fonte significativa de vantagem competitiva. Com a dinâmica e volatilidade atual, porém, a necessidade de se tomar decisões rápidas está se tornando cada vez mais exigente e difícil.
A Inteligência de Decisão é uma disciplina prática usada para melhorar a tomada de decisões, entendendo e projetando explicitamente como as decisões são tomadas, resultados avaliados, gerenciados e melhorados pelo feedback. O Gartner prevê que, nos próximos dois anos, um terço das grandes organizações usarão Decision Intelligence para a tomada de decisões estruturadas, para melhorar a vantagem competitiva.
A DI poderá representar uma mudança na forma como os dados são apresentados, com o objetivo de fazer com que as informações sejam as mais claras possível e que as decisões sejam tomadas com mais rapidez e eficiência. Além disso, que todas as informações estejam contextualizadas e integradas com toda a empresa.
A DI pode até ser tratada como uma evolução natural do Business Intelligence (BI), mas essa nova metodologia é bem mais do que isso, representando uma análise integrada e mudanças de comportamento.
Na prática, DI usa as novas tecnologias, como Inteligência Artificial, Machine Learning, para integrar o que há de melhor da ciência dos dados, análises comportamentais, estatísticas, gestão estratégica, matemática, além de usar em conjunto outras metodologias estruturais, como a Inteligência de Mercado, para a tomada de decisões.
Talvez uma das principais características desse conceito seja a mudança de comportamento. Na DI as informações estão contextualizadas e integradas com todos os setores de uma empresa.
Com as plataformas de BI apenas, as companhias conseguem armazenar os dados para que sejam interpretados e, assim, que as decisões sejam tomadas. Com a Inteligência de Decisão, um conjunto de metodologias e tecnologias atua para a contextualização dessas informações, principalmente as mais complexas.
É uma forma de descomplicar as análises e agilizar a tomada de decisões. Como fazem hoje, por exemplo, muitos dos serviços de streaming de filmes e séries, que cada vez mais conseguem interpretar as preferências de seus usuários e criar mecanismos de recomendações mais assertivas. Usando o analytics para prever e recomendar quais filmes os consumidores querem assistir em seguida, por exemplo.
Da Inteligência de Mercado, a DI absorve toda a captura, análise e tratamento de dados para a tomada de decisões. Isso junto com outras metodologias, como Design Thinking, faz com que as empresas consigam ter um olhar mais aproximado dos clientes e usuários de sua marca.
Alguns dos exemplos mais visíveis de inteligência de decisão em ação são os mecanismos de recomendação, que usam analytics para prever quais produtos os consumidores achariam mais apropriados ou quais filmes eles deveriam assistir em seguida.
Ferramentas como essas fornecem contexto e opções pertinentes para ajudar as pessoas a tomar melhores decisões. Dashboards e analytics das ferramentas tradicionais de BI ainda são valiosas, mas a inteligência de decisão é mais acessível e relevante.
Inteligência de decisão é uma estrutura que permite aos líderes de dados e analytics projetar modelos de decisão e processos no contexto de resultados de negócios e comportamento. Na prática, isso significa que a inteligência de decisão usa analytics para ajudar funcionários, clientes ou parceiros de negócios a tomar decisões, oferecendo-lhes dados, análises e previsões quando e onde precisam.
Os aplicativos de inteligência de decisão em outros domínios corporativos, incluindo gerenciamento de relacionamento com o cliente e ferramentas de vendas, também estão crescendo – e não é surpresa, dada a promessa de emparelhar inteligência humana com IA para aumentar o processo de tomada de decisão.
A Inteligência de Decisão é uma abordagem prática para melhorar a tomada de decisão organizacional. Ela modela cada decisão como um conjunto de processos, usando inteligência e análises para informar, aprender e refinar as decisões.
Pode apoiar e aprimorar a tomada de decisão humana e, potencialmente, automatizá-la por meio do uso de análises aumentadas, simulações e IA. É uma prática que melhora a tomada de decisão organizacional por decisões de modelagem através de uma estrutura.
Equipes de fusão podem gerenciar, avaliar e melhorar as decisões com base em aprendizados e feedbacks. Integrar dados, análises e IA permite a criação de decisões em plataformas de inteligência para apoiar, aumentar e automatizar decisões.
A DI aprimora o processo de tomada de decisão ao projetar explicitamente como as decisões são tomadas e como os resultados são avaliados e aprimorados por meio de feedback classificado. Em particular, a inteligência de decisão é a combinação de suporte orientado por dados e aumento impulsionado por IA para gerar decisões automatizadas para a empresa.
Empresas que querem se tornar mais competitivas no mercado precisam ter o mindset voltado para a implementação de novidades e tendências tecnológicas, como a DI, para que a ideia de inovação esteja enraizada em seu DNA.
Isso faz com que as equipes estejam engajadas na melhoria dos processos e resultados. E consigam tomar decisões com mais facilidade, que sejam mais assertivas e ágeis.
As doze tendências anunciadas pela Consultoria Gartner são: Tecido de Dados ou Data Fabric, Cibersegurança, Privacidade em Computação, Rede Global na Nuvem, Computação, Compostos e Aplicativos, Inteligência de Decisão, Hiperautomação, AÍ Engenharia, Distribuído Empresa Total, Experiência Autonômica, Sistemas e AI Generativo.
Vamos abordar cada uma das 12 estratégias separadamente. Falamos de Tecido de Dados ou Data Fabric, Cibersegurança, Privacidade em Computação, Rede Global na Nuvem e Computação, Compostos e Aplicativos.
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