Se você está em busca de um bom salário, precisa saber que atualmente, se for associada a tecnologia, as chances de que isto se torne real, imediatamente, são bem relevantes. Caso não saiba, é quase impossível que você tenha chegado até este texto, sem a ajuda de alguma interferência de alguma inteligência artificial (IA). Com um toquezinho de algum algoritmo é muito provável que você siga de um canal a outro, em seu smartphone, ou no seu desktop, a todo momento, sem sequer se dar conta. E eles cruzam seu caminho o tempo todo, sem que você se dê conta. Uma vez que inúmeros processos foram desenhados para que possam atuar de modo a facilitar sua vida, e alcançar os objetivos tanto de quem produziu quanto de quem quer consumir um determinado produto. Agora, o diferencial pode acontecer em sua vida, se você em vez de só consumir estas tecnologias, optar por fazer disto uma profissão. Acredite, a carreira de quem decidiu seguir a carreira com inteligência artificial, está no caminho certo, pois está em alta tanto no Brasil quanto no exterior.
Os estudos apontam que desde o início dos anos 2000, a IA está entre as carreiras que melhores salários pagam aos seus profissionais. Aliás, nos Estados Unidos essa contratação cresceu 74% ao ano. A boa notícia não para por aí. Estima-se que o salário de um engenheiro de machine learning tenha aumentado 344% em apenas três anos, no território norte-americano.
Segundo estudo recente da Global Market Insights, a automação de processos robóticos (RPA) cresce 20% ao ano e deve atingir 5 bilhões de dólares até 2024. De acordo com outro estudo, da Deloitte Smart Automation, uma plataforma de automação inteligente em nuvem, quanto mais as empresas de todos os segmentos adotam tecnologias relacionadas a IA e robótica, mais elas conseguem melhorar seus processos e aumentar a lucratividade. E, graças aos serviços prestados pela startup TagChat esta também pode se tornar a sua realidade.
A demanda por um especialista em inteligência artificial, existe não só para empresas tecnológicas voltadas à nova economia, uma vez que empresas de diferentes setores estão adotando sistemas automatizados e inteligentes, captando profissionais no mercado.
O mercado para profissionais com bagagem em inteligência artificial não para de crescer. Em fevereiro, a ONU informou que os números de pedidos de patentes para inovações baseadas em inteligência artificial aumentaram exponencialmente nos últimos anos.
O estudo de inteligência artificial começou, ainda na década de 50, na Universidade de Carnegie Mellon, nos EUA. De lá pra cá muita coisa mudou. Na época, o objetivo dos pesquisadores pioneiros, Herbert Simon, Allen Newell e Jonh McCarthy era criar um “ser” que simulasse uma vida humana.
85% dos atendimentos são feitos por Inteligência Artificial
Atualmente a IA toma conta de muitas empresas com softwares que as ajudam na tomada de decisões e, para isso, o mercado se torna amplo com cargos que vão desde um cientista de dados a um engenheiro aeroespacial.
Quem tem habilidades para analisar, organizar e traduzir bits de informação digital em experiências humanas significativas, tem chances concretas de encontrar no campo de IA uma oportunidade de trabalho.
Os postos e cargos são procurados por vários segmentos, desde empresas públicas e privadas, organizações educacionais, artes, instalações de saúde, agências governamentais e militares.
Segurança e preparo na carreira em Inteligência Artificial são necessárias
Em alguns desses ambientes, as vagas podem exigir alto nível de responsabilidade e segurança, principalmente quando se trata de dados, dependendo da sensibilidade das informações, empresas podem até exigir certificações em segurança.
Para seguir na carreira em inteligência artificial é preciso estar disposto a ter contato muito próximo com a automação, robótica, programação, algoritmos e uso de softwares específicos, tais conceitos farão parte da rotina de trabalho. O que exige conhecimentos em áreas como matemática, tecnologia, lógica e engenharia.
Muitas profissões hoje buscam pessoas com conhecimentos de IA. Entre elas, destacam-se os muitos ramos de engenharia (como os ligados à computação, machine learning e integração de dados, por exemplo), bem como analistas e desenvolvedores de softwares, arquitetura de dados e técnicos em robótica.
Na área da saúde, a inteligência artificial está presente no trabalho com membros artificiais ou próteses. Há ainda IA envolvida nas áreas militares (drones, simuladores de voos) e na parte da comunicação ou nas artes. Mesmo o campo do design e da produção de entretenimento, atualmente, utiliza esses conhecimentos algorítmicos.
Quem quiser se aprofundar pode se tornar um especialista, realizando uma pós-graduação em inteligência artificial e machine learning. O curso visa expandir práticas de mercado para resolver problemas com o uso da IA e capacitar os estudantes para que produzam sistemas inteligentes.
O salário de um iniciante está em torno de R$ 3,6 mil e para quem já é um especialista pode chegar a R$ 12 mil, a depender da área e do tamanho da empresa em que esse profissional estiver inserido. Os dados são do Guia de Salários 2019, divulgado pela multinacional de recrutamento Michael Page, e confirmam os valores muito acima da média salarial brasileira. Esses valores variam conforme o tamanho da empresa, podendo o rendimento ser maior ainda mais que o ramo de IA está em crescimento no Brasil.
Conhecimento analítico
Trabalhar com inteligência artificial exige também características comportamentais, como pensamento analítico e capacidade de resolver problemas com soluções eficientes e sustentáveis.
Os interessados na área também precisam ter capacidade de traduzir informações altamente técnicas, de modo que outras pessoas e colegas possam entender. Isso requer habilidades de comunicação interpessoal além de saber trabalhar em grupo.
Tanto a Netflix quanto o Spotify utilizam não apenas fórmulas matemáticas que se alimentam de informações pessoais e do histórico de navegação (o que viu ou ouviu, por quanto tempo, etc) para a produção de conteúdos cada vez melhores e mais adequados ao gosto de cada um. Como isso acontece? Graças aos algoritmos.
Outro exemplo de IA é o deep learning, sistema que tem ajudado fabricantes de carros a produzir veículos semi autônomos, e alguns até totalmente robóticos. Utilizando reconhecimento de imagem e diversas câmeras e sensores, automóveis de empresas como a Tesla conseguem “aprender” como é uma estrada e se locomovem apenas com a supervisão de um motorista.
Oportunidade no exterior para engenheiros de Inteligência Artificial
A Agência Fapesp está divulgando a rede University-Based Institutes for Advanced Study, com inscrições para a quarta edição da Intercontinental Academia, iniciativa que visa promover a criação de uma rede global de futuros líderes de pesquisa por meio do intercâmbio de jovens acadêmicos. O tema central será “Inteligência e Inteligência Artificial”.
Estão programados encontros em formato virtual e dois workshops, o primeiro entre 18 e 27 de outubro de 2021, em Paris (França), e o segundo em junho de 2022, em Belo Horizonte. A Rede Francesa de Institutos Avançados e o Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) são os organizadores dos eventos.
São aceitos como candidatos pesquisadores em início ou meio de carreira, com doutorado completo e fluência em inglês. Podem se inscrever pesquisadores vinculados a qualquer instituição acadêmica ou com vínculo com a indústria, organizações não governamentais, instituições artísticas ou de outra natureza, desde que com cargo equivalente ao de professor ou pesquisador.
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IA estreita tratativas no comércio exterior
Algumas áreas, como a de comércio exterior, já estão alcançando grandes benefícios para a inteligência artificial. A IA faz parte da cadeia de suprimentos do comércio exterior (Comex), com a organização de dados não estruturados, prevendo as demandas dos clientes e o abastecimento sem interrupção do fornecimento com base na análise de históricos de pedidos e dessa forma, reduz custos e riscos, além de melhorar a eficiência de todo o processo.
Em estudo feito em parceria entre a Live University e a multinacional Thomson Reuters, em 2018, foram entrevistados mais de 300 profissionais líderes e especialistas das principais organizações do país e o resultado foi que 77% dos profissionais de Comex acreditam que a IA e o Machine Learning são as inovações que têm maior capacidade de trazer benefícios para o negócio, seguido com 36% ficou a tecnologia IoT (Internet das Coisas), depois Data Science e Blockchain, ambos com 22%.
Em 2017, durante o Fórum Público da OMC (Organização Mundial do Comércio), em Genebra, foi lançado a Iniciativa Inteligente de Tecnologia e Comércio (ITTI na sigla em inglês), com o propósito de reunir líderes da tecnologia, empresários, negociadores e acadêmicos em um debate sobre como blockchain e inteligência artificial podem ajudar a combater as forças de desglobalização que permeiam o comércio internacional.
A inteligência artificial propicia uma relação de confiança e acesso mais rápido ao mercado externo. Encurta as distâncias entre grandes multinacionais e pequenas empresas; países desenvolvidos e em desenvolvimento. A IA consegue ajudar a estruturar os dados e prever diferentes cenários, possibilitando nivelar as tratativas comerciais.
Também utilizada em modelos de acordos internacionais, a inteligência artificial ajuda no combate da desinformação e os países conseguem estimar com maior precisão custos e benefícios de decisões comerciais, desbloqueando barreiras protecionistas.
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